"Turismo tem que se posicionar e funcionar numa perspectiva de Negócio"

12:38h - 02/12/2011

O "Turismo tem que se posicionar e funcionar numa perspectiva de Negócio". Esta foi uma das principais linhas que Cecília Meireles, Secretária de Estado do Turismo deixou, ontem, na abertura do XXXVII Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.

Para a responsável "“Vender” é a prioridade", pois "só desta forma conseguiremos fomentar a economia, alavancar o sector e contribuir para alavancar Portugal". Num discurso incentivador, a secretária de Estado lançou o repto que "chegou o tempo de trabalhar, como nunca, em cooperação e sintonia. Temos escassez de meios, uma conjuntura adversa e uma concorrência feroz. Temos pela frente, talvez o maior desafio de sempre do sector. Agências de Viagem, Hoteleiros, Empresários, Turismo de Portugal, Organizações Regionais de Turismo, Associações, Municípios e Governo devem funcionar em parceria estreita."

A executiva avançou que está-se "a adequar os meios de financiamento face ao ambiente económico que vivemos. Com este objectivo, criei um grupo de trabalho que está já a estudar um conjunto de instrumentos de resposta à situação e às reais necessidades do sector".

A executiva garantiu no seu discurso que o Governo e a APAVT "estão e vão continuar a trabalhar em conjunto. A revisão da legislação do sector, com especial enfoque na questão do fundo de garantia de viagens e turismo, é um processo que está a decorrer e uma preocupação que todos veremos resolvida muito celeremente".

Sobre a reestruturação da administração pública, a excecutiva sublinhou que "a actual conjuntura não comporta o modelo em vigor e todas as suas estruturas de turismo", pelo que se iniciou um processo de análise e avaliação das mesmas, "processo esse onde serão ouvidas todas as actuais entidades desta esfera, já no decorrer da próxima semana".

Sobre a promoção turística, Cecília Meireles explicou que se está a trabalhar numa nova estratégia de promoção, "que permita uma maior e mais coerente projecção do Destino Portugal e uma comunicação mais segmentada aos nossos mercados".

A aposta vai no sentido de se "ir de encontro à procura que quer usufruir da nossa oferta, não dispersando meios e recursos que não têm, pela sua escala, resultados imediatos ou curto/médio prazo".

por Rute Elias

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