IVA a 23% no golfe terá efeitos “devastadores”, dizem os industriais do sector
19.10.2011 - 21:46 Por Lusa
O Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG) confirmou hoje que a taxa do IVA para a modalidade “passará, no ano de 2012, para a taxa normal de 23%”, o que trará “efeitos devastadores para o setor”.
Uma carta do CNIG enviada aos seus membros e aos outros campos de golfe refere que “as expectativas são as piores, face à absoluta perda de competitividade” em relação ao principal concorrente de Portugal, a Espanha, que aplica a taxa de 8% na modalidade.
O CNIG alerta para as “gravíssimas consequências” provocadas pela alteração da taxa do IVA aplicada ao sector, nomeadamente a “diminuição de praticantes” e a “fragilização de uma indústria exportadora”, recordando que “Portugal é hoje um dos três melhores destinos de golfe do mundo”.
A nota refere ainda as “enormes perdas em outras actividades turísticas complementares ao golfe, tais como a hotelaria, a restauração e o turismo residencial”, que “irão fazer-se sentir, com especial incidência nos destinos tradicionalmente de ‘sol e mar’”.
O CNIG, que hoje se reuniu com a Confederação do Turismo Português (CTP), garante que continuará a lutar para que a indústria possa ser “uma das alavancas do crescimento das exportações em Portugal” e um sector “fundamental no combate à sazonalidade” que tem sido afectado pela crise.
A carta começa por explicar que “até agora a taxa aplicada nos ‘green fees’ [preço por volta] foi de 6% equiparada à taxa aplicada na hotelaria”, uma situação pela qual o CNIG e a CTP continuarão a bater-se.
http://publico.pt/1517338
O CNIG reuniu com a Confederação do Turismo Português (Adriano Miranda) |
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